Seu cliente entra, senta em sua cadeira de coaching e você faz a pergunta: "Qual é o seu objetivo? E lá vai você na aventura de coaching. Simples e óbvio. Seu cliente, que não precisa de terapia, está lá para melhorar a vida. E você está lá como um facilitador para “tornar a vida melhor”. É um casamento feliz. Certo? O que poderia dar errado? Bem, na verdade muitas coisas.
Algo bem comum que pode dar errado desde o início é que seu cliente começa com um diagnóstico incorreto do que é necessário em sua vida para melhorá-la. Para complicar isso, ele faz um diagnóstico errado do que acha que tornará sua vida melhor. E então, para triplicar a complicação, você aceita esses diagnósticos errados. Você não os questiona, testa a realidade ou os esclarece. Três erros fatais.
O coaching envolve diagnóstico? Sim, claro! Mas não deixe que o termo “diagnóstico” ou “diagnóstico errado” o engane. Do que realmente estamos falando? Estamos falando sobre algo que todo mundo faz. Sempre que algo dá errado, ou algo está faltando - quando pensamos sobre isso, temos ideias sobre isso - sua origem, sua solução. Estamos diagnosticando. Estamos descobrindo o que é, o que causa, como funciona, seu significado e o que devemos fazer a respeito. [Ah, sim, as 4 principais perguntas de construção de significado novamente.]
À medida que as pessoas pensam sobre essas coisas, quanto mais distorções cognitivas, preconceitos e falácias elas empregam em seu pensamento, pior se torna o diagnóstico. Ai! Isso deve fazer você parar! Quanto mais se desviam do objetivo, mais errôneo é toda ideia conceitual. O problema é o tipo de pensamento inadequado que eles estão empregando ao pensar sobre o problema e sobre as soluções possíveis. Aqui está um grande motivo para você estar ciente das maneiras pelas quais o próprio pensamento dá errado.
Obviamente, você quer saber o que seu cliente pensa - como ele está raciocinando. E enquanto você pergunta e ouve, faça a análise do diagnóstico por meio das listas de verificação (das distorções cognitivas, vieses cognitivos, falácias cognitivas). Verifique o raciocínio para capturar qualquer uma dessas distorções, preconceitos ou falácias. Mais uma vez, é aqui que entra a sua capacidade prática de usar o metamodelo (Modelo da PNL, com diversas perguntas específicas para clarear o entendimento, e as possíveis omissões, distorções e generalizações que trazemos na linguagem falada) . É aí que entra a sua capacidade de fazer perguntas de esclarecimento várias vezes enquanto rastreia como seu cliente está usando um termo.
Como escrevi na série sobre Soluções, frequentemente a solução tentada pelo seu cliente é o problema. O que ela fez para resolver um problema, normalmente criou mais problemas iguais ou adicionais. Isso fala sobre a história de vida de um diagnóstico incorreto.
Como um Meta-Coach, tenha em mente que o que seu cliente pensa que ajudará, pode ser um diagnóstico incorreto. Aqui você precisará de algum ceticismo saudável. Pergunte:
“E como você chegou a essa conclusão de que X pode ser o problema? Há algum contra fato a essa conclusão? Que outras conclusões você tirou? Se essa não for a causa real, o que você acha que pode ser alguma outra possibilidade? "
Coloque outra coisa em sua mente como uma luz de advertência - Resolver os problemas da forma errada, não resolve nada! Se você resolver o problema de forma equivocada- o problema real ainda estará lá e você e seu cliente terão um pseudo-prazer e confiança. Portanto, diminua o ritmo e passe um tempo perseguindo o problema real, defina-o claramente e, então, você e seu cliente estarão prontos para a solução do problema.
Tradução do artigo de Dr. L. Michael Hall
2020 Morpheus #38
9 de setembro de 2020
O que poderia dar errado - série 2