Autoconhecimento e Motivação para Assertividade e Feedback

Se suas palavras são como pérolas, muitas pessoas não sabem como elas te custam tão caro, pois são sedimentos do seu conhecimento e experiências colhidas ao longo do tempo, mas se você as valoriza será a primeira a ajudar o outro a reconhecer o valor de cada uma.

Existe líder que se sente amordaçado, impotente, quer ser ouvido, mesmo sendo ativo e conectado na era digital. Acredita que relacionamentos com clientes, subordinados e diretores podem ser construídos de forma sólida, além dos benefícios imediatos. É para estes que recomendo seguir nesse artigo. Reflita, se a motivação e autoconhecimento o ajuda a desenvolver mais assertividade e feedback para construir um time de alto desempenho.

Assertividade e feedback é o primeiro da série de artigos Autoconhecimento e Motivação, produzido por Gerson Sena. Por conta da formação em Neuro-Semântica é co-fundador da CFG Soluções Corporativas e da Escola Paulista de Neuro-Semântica. O uso das expressões no masculino não desconsidera o relevante papel das mulheres na história, mas tão somente por uma questão linguística. 

Autoconhecimento instrumental

Autoconhecimento instrumentaliza qualquer líder para descobrir sua real motivação em olhar o potencial de seus parceiros e nunca enxerga-los como uma ameaça. Existem potenciais latentes na mente a serem despertados. Liberar potenciais é o caminho para a conquista da autorrealização de pessoas mais felizes e equilibradas, especialmente em ambientes profissionais. 
Nessa série desejo contribuir com as melhores experiências no crescimento profissional. Nem todos estão preparados para isso, mas se você chegar até o quarto bloco, estamos confiantes de estar falando com a pessoa certa. Uso a experiência e os pressupostos da Neuro-Semântica para compartilhar as melhores pérolas que serão validadas, ou não, ao final.

Sós os tolos preferem martelar unha.

Assertividade é o canal onde o feedback flui. Os tolos desprezam a instrução, mas os sábios a perseguem com afinco.
Autoconhecimento e motivação podem facilitar o caminho de qualquer pessoa para elevar seu nível de resultados e ainda ser reconhecido por isso. Servir-se da assertividade para dar feedback vai facilitar você se tornar, não o melhor amigo, mas aquele líder a ser modelado por todos. 
O conferencista de liderança, John Maxwell, autor de 60 livros afirma: “um líder que sair à rua e ninguém estiver seguindo, não é líder, somente um chefe”. O líder inspira, por criar um ambiente que as pessoas gostam de estar com ele. Aprender congrega, porém, repreender dispersa! 

Habilidades comportamentais mais valorizadas no pós-pandemia. 

Existem coisas que acontecem e torna a vida mais difícil, mesmo sem estar consciente disso. Quem ignora ou despreza os elementos do fracasso se aprisiona nos grilhões do fracasso, com a máscara de Flandres que calam tanto sua fala hoje, quanto na idade média.
Os especialistas comportamentais, apontam habilidades essenciais para o pós-pandemia. O levantamento da Consultoria de Recrutamento & Seleção, Robert Half (ago./20), apontou os comportamentos esperados nas empresas:  adaptabilidade (40%), resiliência (20%) e flexibilidade (12%), colaboração (11%), comunicação (6%), criatividade (6%), empatia (2%) e outras (4%). 

Eles sempre estiveram presentes na demanda organizacional, porém, a hecatombe pandêmica só reclassificou os elementos na pesquisa.
Outra pesquisa da maior multinacional, aqui no Brasil, em consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing, constatou que 82,6% de seus colaboradores não se demitiam da empresa, mas sim de seus chefes. Muito embora fosse uma competidora global no setor de tecnologia estavam enfrentando um grande custo com o turnover e perda de talentos.

Saliento que este custo rescisório varia de quatro salários do empregado, quando o contrato é rompido depois do quinto ano, mas chega a oito, quando ocorre antes do quarto ano de registro. Sem computar os custos de treinamento, adaptação e a produtividade e etc. O que facilita entender a razão do custo da mão de obra/produtividade no Brasil ser quatro vezes em comparação à americana. 

Faz tempo que as empresas estão sensíveis às questões comportamentais, independente da pandemia. Não é à toa que o antigo Departamento Pessoal, tornou-se Recursos Humanos. Já as organizações mais sensíveis se dedicam ao Desenvolvimento de Pessoas. 

O desafio do time é o técnico

Já vi muito técnico ser demitido depois do time perder o campeonato. O líder é cobrado pelo resultado da equipe. É ele o responsável por promover um ambiente favorável para que venha existir a evolução do agrupamento de profissionais, para um time de alto desempenho. Mas isso só ocorre se este líder tiver competências e habilidades comportamentais mais desenvolvidas. Entre elas não basta saber falar, mas como e quando falar.
O maior desafio do líder é promover engajamento para que as pessoas trabalhem, mesmo quando elas não são obrigadas. Uma vez que só os grandes profissionais e gestores, de alto desempenho, buscam a excelência do grupo como um todo. Por isso convidamos você para o próximo nível onde abordamos sobre assertividade e feedback.

Comunicação é igual assertividade mais feedback

Comunicação é a alma do negócio, a emoção, o espírito e a forma o esqueleto. Embora a pesquisa da Half aponte 6% da comunicação, creio que ela se equivalha à “joia da coroa'' no sistema. Sem ela nem uma cadeira executiva, motorizada pela Ferrari, te leva adiante.   
Ser assertivo está intimamente relacionado com a capacidade de usar a inteligência dos gênios, com a emoção dos monges. É dizer o conteúdo que necessita ser dito, usando a emoção adequada para fazê-lo da forma adequada, para atingir o objetivo proposto. Sua mais elevada intenção não terá valor se deixar de ter atenção para a forma como se fala.

Assertividade é a capacidade da pessoa falar com a outra, levando em consideração o que deseja comunicar. Isso não significa que a fala tenha que ser uma verdade absoluta. Ser assertivo é tão somente expor seu ponto de vista, mas o fazer de maneira especial. É essência das preciosas lições de Daniel Goleman, na inteligência emocional.
 

Qual é sua motivação para autoconhecimento?

Ninguém pode promover transformação, se nunca experimentar primeiro o que é transformação. Só quem passa pela experiência está qualificado para promover transformação no ambiente de trabalho. A sabedoria milenar já dizia "conhece-te a ti mesmo, para estender tua mão ao próximo”.

A melhor queda de um líder é cair em si e levantar-se com o time.
Em Neuro-Semântica estudamos os quatro poderes de todo ser humano. Os poderes internos de pensar e sentir, e os externos de falar e agir. Sem consciência, desse quarteto fantástico, não há como desenvolver assertividade. 

A assertividade é igual a músculos, todos já nascem com ela, mas se desenvolver cresce, até vencer o campeonato de fisiculturismo.

Autoconhecimento da assertividade

Quer uma dica? Aí vai! Observe o que a "rádio peão” comenta sobre a qualidade de sua comunicação, mensure se as pessoas te procuram ou fogem de você. A voz do povo não é a voz de deus, mas tem coisa a ser investigada.
Avalie sua assertividade. Nela existem dois elementos que operam nas extremidades, o comum a ambos é a reatividade. Trata-se da agressividade e passividade.

No agressivo a pessoa decide manifestar sua opinião sob influência de forte carga emocional, de forma a não se preocupar nem com o conteúdo que está sendo dito, nem com a forma como se fala e muito menos com as pessoas ao redor. Só quer falar, não interessa mais nada e nem ninguém.
O outro extremo é a passividade (ou, não-assertivo). A pessoa coloca a máscara de Flandres, se cala e não se expressa, não valoriza nem mesmo sua opinião e as pessoas. Independentemente de ser ela de concordância ou discordância. O temor ou forte receio de falar domina a vontade de expressar sua opinião ou sentimento. 

Em ambos, encontramos a possibilidade de um poder externo estar controlando os poderes internos.
Uma pessoa assertiva demonstra autoconfiança e controle das emoções, ela está em pleno uso de seus quatro poderes. Entretanto, temor/medo demonstra governar o polo do descontrole das emoções, seja vomitando ou engolindo a seco. Neste caso, na hierarquia das relações as emoções estão no topo e o agente é crédulo de que: “eu falo” ou “eu calo” é por que “eu quero”, o outro, pouco importa.
Na assertividade o “eu” importa tanto quanto o “outro” e vice-versa. Por isso compartilho o feedback da melhor forma para que possamos avançar. Espírito de ganha/ganha.

Aprendi um detonador de desculpas bem poderoso, essa lição é do dr. Viktor Frankl, ex-prisioneiro nazista:
“Eu não posso impedir os guardas fazerem o que fazem comigo, pois querem que eu seja reativo. Mas eu posso escolher o que eu quero fazer diante dos fatos e assim estarei sendo ativo. E mais, se naquele momento de agir eu escolher também as minhas emoções, serei proativo”.
Se isso não significa plenitude da zona de poder, me conta o que seria. 

A proatividade é a gasolina lubrificante do feedback. Sem ela, fundiu-se o motor. Feedback depende da assertividade proativa para o sucesso com efeito dominó.

O assertivo tem mais facilidade em se comunicar e transmitir confiança, segurança e credibilidade. Um líder ou gestor que deseja destacar-se, mostrar valor no seu trabalho necessita aperfeiçoar as habilidades de assertividade e feedback. Encare feedback como, coordenadas para navegação bem-sucedida. Ambos estão no mesmo barco, a segurança de um depende do sucesso do outro. E você está certo: gerir pessoas é um grande desafio. E como é!

Motivação do feedback

A expressão feedback, comum nas empresas, significa retroalimentação, ou seja, é a capacidade de compartilhar, com seus pares, uma observação a partir do ponto de vista do observador, que o ouvinte não teria acesso de outra forma. Em feedback usa-se as palavras e nunca a leitura de mente, por isso nunca suponha que o outro sabe do que você está falando se, literalmente, ainda não lhe disse.

A principal finalidade é abastecer o observado com informações num determinado contexto, sem generalismos e divagações. A partir do ponto de vista do observador. Este captou os dados via seus canais: visual, auditivo e sensorial, na condição de observador. Marshall Goldsmith, o conselheiro de renomados CEOs, localiza feedback na linha do tempo em dois tipos: 
O feedback de resultado é aquele que todos recebem, indistintamente, ao final uma tarefa é quando se faz a constatação e mensuração do resultado pretendido, atingido ou não. 

Já o feedback de percurso se assemelham às placas ao longo da estrada que te auxiliam a chegar no lugar desejado. O famoso conselheiro aponta ser essa a melhor estratégia para melhoria do desempenho.

O co-criador da Neuro-Semântica, Dr. Michael Hall, PhD em terapia cognitiva comportamental, ensina que o compartilhamento do feedback é somente do que foi visto, ouvido e sentido, de forma neutra, sem julgamentos, sem opiniões ou palpites. Realmente é outro desafio, pois exige uso de técnica e habilidade.

Feedback não significa aprovar ou reprovar, qualificar ou desqualificar ou julgar (certo ou errado). Todos têm total liberdade de emitir opiniões, com base em seus valores, crenças, etc., mas achismo não é feedback. É importante saber distinguir entre opinião e feedback, mas em ambos os casos é imprescindível pedir permissão e identificar qual dos dois será utilizado no compartilhamento. Eis aqui a prova da maestria, só usa quem sabe.
Parto do pressuposto: a responsabilidade da comunicação é do comunicador, por isso, observe o modo, o tempo, a forma e o conteúdo é sendo dito.

Até brinco dizendo que: a falta de informação, também é uma informação. Porém, dá trabalho interpretar os poucos dados recebidos quando não estão calibrados nos mesmos parâmetros, para ambos. Por isso que o real valor e efetividade da estratégia do feedback pode variar a partir de algumas características, como:  o tempo - ser o mais próximo ao evento; não avaliativo - certo ou errado; o grau de contribuição - o nível de detalhes mensuráveis e de acordo com critérios comuns, ambos se comunicam rumo a um fim proveitoso.

Mas sobre isso, falaremos mais no próximo artigo. Ocasião que revelarei a armadilha oculta do feedback sanduíche, entre outras alavancas poderosas. Se você identifica alguém do seu convívio já preparada para deixar de “mi-mi-mi” e lutar com “sangue nos olhos” na construção de um time colaborativo, invista nela. 
Mas segue um alerta, assim como no filme Matrix, depois de tomar a “pílula vermelha” da realidade, não se volta para a “pílula azul” dos sonhos.

O objetivo maior não é esgotar o tema, existem outros artigos de especialistas aqui, que são “elevador privativo de nível meta”, cuja senha é “só acessar”. Gratidão por me permitir compartilhar essas informações. É valioso saber se contribui em algo, bem como o que fazer para eu subir de nível. Pode ser aqui, por e-mail ou Whats App, mas se você se considerar apto para dar feedback.

Se for em frente, aproveite ao máximo. Você também pode se autorrealizar potencializando a realização do próximo.

Gerson Sena de Castro
(12-99768.9946)
Usa da Neuro-Semântica para ser voluntário e arrumar as cadeiras na sala de reunião que promove a experiência de aprendizado nas áreas de autoliderança, colaboratividade e autorrealização, por acreditar que as pessoas podem ser mais felizes, realizadas e produtivas, até mesmo no ambiente de trabalho.