Como você pode saber se o treinamento que você está considerando é de alta ou baixa qualidade? Como você pode saber sobre a qualidade do coaching, livros, sites, consultoria, programas de desenvolvimento pessoal, etc.? Estas perguntas de tomada de decisão são importantes especialmente porque a formação, o coaching, a consultoria, etc. são a principal forma pela qual a maioria dos adultos se envolve na aprendizagem e desenvolvimento contínuos.
Como a Neuro-Semântica oferece treinamentos, coaching, consultoria, etc. em todo o mundo – agora em 71 países, e como fizemos da qualidade o coração de nossas práticas, aqui estão alguns sinais de alerta sobre treinamentos e as ofertas que podem indicar que eles são de baixa qualidade.
Cuidado com o Novo e Diferente! Se um coach, treinador ou redator está obcecado por novidades, seja cético. Alguns treinamentos, programas de coaching, livros, etc. trazem um entusiasmo excessivo pelo novo, que vendem tudo como “o mais recente, o mais novo, os segredos nunca antes revelados”, etc. Qual o problema com isso? Dificilmente há algo verdadeiramente novo. Quase tudo o que é chamado de “novo” é uma repaginação de uma ideia antiga. A embalagem pode ser diferente, mais brilhante, mais vibrante, mais colorida, mas quase sempre não é nova. Geralmente, é uma ideia “antiga” que é sólida, confiável que as pessoas sempre trazem de volta. No entanto, se o promotor não sabe que “a nova ideia” é na verdade uma ideia antiga, o engraçado é como essa pessoa realmente pensa que inventou algo novo!
Agora, como muitas pessoas associam ideias antigas com o que é chato/entediante, para vender algo, muitos pensam que precisam vestir a ideia antiga como algo novo ou as pessoas não a abraçarão. Por outro lado, manter uma ideia sólida e uma prática comprovada costuma ser uma expressão de sabedoria. Jeffrey Pfeffer pergunta: “A velha excelência insípida não é um destino melhor do que um novo e excitante fracasso?” Ele também observa que a criatividade é “principalmente estimulada por ideias antigas”. Isso certamente se aplica ao meu trabalho em PNL e ao contínuo desenvolvimento criativo da Neuro-Semântica. Quase tudo surgiu como “novo” veio da revisitação de Korzybski, Bateson, Perls, Satir, etc., em busca de uma ideia “velha” sólida. E ainda hoje, acredito que ainda há muito mais tesouros para se extrair do trabalho deles, para se extrair ideias que foram minimamente desenvolvidas.
Quantas vezes um treinamento ou um livro é apresentado como “A Próxima Grande Novidade!”? A Internet prospera com a próxima grande “coisa”. Revistas e jornais, jornalistas e vendedores estão sempre em busca da próxima grande “coisa”. No entanto, as fontes mais confiáveis para alcançar a excelência em qualquer área estão, na maioria das vezes, nos conceitos básicos. As empresas tendem ao fanatismo pela moda do momento. As empresas tendem a cair na armadilha das tendências passageiras. E cada uma delas é apresentada como “a bala de prata”, a solução milagrosa que resolverá todos os problemas.
Hoje em dia, muitas das novidades vindas das neurociências são apresentadas como “descobertas inéditas que revolucionarão o desenvolvimento humano”. No entanto, no final das contas, não se trata de algo totalmente novo. São “coisas antigas” sendo embaladas de maneira diferente. Ao longo dos anos, vimos a Programação Neurolinguística (PNL) ser redescoberta várias vezes. De repente, surge um treinador afirmando que agora “pela primeira vez” o verdadeiro cerne da PNL foi descoberto, e o que ele tem é “PNL pura”, “PNL real”, etc.
Cuidado com a falta de fonte/referências confiáveis. Algumas vezes, em algum lugar, numa conferência de PNL, alguém veio até mim apresentando o que ela considera ser um “novo padrão”. Mais tarde, descobre-se que na verdade é um padrão antigo, mas a pessoa não sabia disso. Muitas vezes, essa pessoa é nova na área e simplesmente não tem experiência suficiente para saber que o que ela estava trabalhando já havia sido inventado. É uma das razões pelas quais eu compilei os dois volumes do Sourcebook of Magic. Dessa forma, as pessoas podem verificar o que já foi desenvolvido antes de afirmar ter inventado algo totalmente novo.
Sempre que alguém diz que desenvolveu algo novo, pergunto: “De onde você tirou suas ideias?” “Quem você estudou e leu?” Quando pego qualquer livro, sempre verifico a bibliografia para ver quem o autor leu. Muitas vezes, porém, o livro não tem bibliografia! Isso é um grande sinal de trabalho de baixa qualidade. Qualquer pessoa que tenha frequentado a Universidade sabe que parte de ser profissional e credível é identificar as suas fontes. Não dar crédito às suas fontes configura o plágio.
Todos que trabalham na disseminação de ideias, seja um escritor, um treinador, um coach, etc. devem, no mínimo, reconhecer suas fontes. Isso é o que todos os grandes pensadores fazem. Sir Isaac Newton disse: “Se consegui enxergar mais longe, foi porque estava apoiado sobre os ombros de gigantes.” No último ano, várias vezes as pessoas me perguntaram sobre alguma abordagem terapêutica “nova”. Eu perguntei a elas: “Quem é citado por essa pessoa?” Ou “Que paradigma psicológico ela usa?” E elas não sabem. Às vezes tentam procurar na internet, mas não encontram informações sobre as fontes da pessoa. É apresentado como se a pessoa tivesse inventado tudo do nada, por conta própria. Isso é mais um grande sinal de alerta quanto à qualidade baixa e ao trabalho não profissional. Quando algo surge “do nada” e não tem fundamento histórico, desconfie!
Cuidado com o “rápido e fácil”. Se o desenvolvimento pessoal, a mudança, a liberação de potenciais, etc., fossem rápidos e fáceis, todo mundo seria um especialista, um campeão nacional, um medalhista olímpico, etc. Mas não funciona assim. O desenvolvimento requer compreensão, conhecimento, disciplina, intencionalidade, esforço, paciência, persistência, resiliência – só para citar alguns aspectos. Da mesma forma, a Programação Neurolinguística (PNL) não é algo rápido e fácil. A transformação não ocorre sem esforço. E as “transformações pessoais notáveis” (avanços rápidos) são raras. O que é mais frequente é o esforço dedicado ao próprio desenvolvimento e a prática deliberada.