Seu cliente entra, senta em sua cadeira de coaching e você faz a pergunta: "Qual é o seu objetivo? E lá vai você na aventura de coaching. Simples e óbvio. Seu cliente, que não precisa de terapia, está lá para melhorar a vida. E você está lá como um facilitador para “tornar a vida melhor”. É um casamento feliz. Certo? O que poderia dar errado? Bem, na verdade muitas coisas. Aqui está uma lista de algumas das coisas que podem dar errado:
- Um de vocês está de mau humor;
- Os diagnósticos estão errados;
- Metas que não se desenvolvem;
- Você nunca é específico; você fica na terra do blábláblá;
- Você induz o tipo errado de estados;
- Você reforça crenças limitantes;
- Você imuniza uma pessoa contra mudanças;
- Você não consegue inspirar;
- Você não consegue desafiar;
- Você é pego nos detalhes.
As coisas podem e em alguns casos, dão errado. O coaching como disciplina não é uma experiência à prova de falhas e, por não ser, isso explica por que o coaching eficaz requer treinamento e supervisão significativos. Requer habilidades especializadas e uma meta-perspectiva (uma perspectiva mais efetiva, com mais motivação, foco e significados engajadores). Afinal, vidas humanas estão em jogo!
Se o coaching é sobre mudança, a mudança pode ser tanto para melhor quanto para pior, caso você não saiba o que está fazendo e não esteja ciente das armadilhas. É por isso que é tão importante distinguir o campo do coaching da terapia e outras profissões, receber treinamento experiencial integrado nas habilidades necessárias e trabalhar dentro de uma comunidade profissional de responsabilidade e apoio.
Reconhecer coisas que podem dar errado nos dá um alerta sobre possíveis problemas. Nos permite uma preparação para não sermos vencidos por eles. Às vezes, nos permite identificar as coisas previamente, evitando os problemas antes que eles apareçam.
O problema de estar de mau humor
Imagine tentar fazer coaching quando estiver de mau humor - talvez chateado, talvez com raiva, talvez com medo de várias coisas, etc. Imagine! Ou imagine tentar fazer coaching com um cliente que aparece em um estado que é simplesmente impróprio para o coaching. Isso pode ser um desafio!
Claro, o pior é quando você, como coach, está de mau humor. Agora, antes mesmo de começar a fazer coaching, você precisa aplicar as técnicas a si mesmo para que possa gerenciar seu estado. Você tem que mudar seu pensamento, sentimento e fisiologia, para que possa entrar em um estado de coaching - um estado de escuta tranquila, aceitação paciente, interesse curioso em seu cliente, atitude atenciosa sobre querer o melhor para este cliente, etc. O que isso significa para você como Meta-Coach? Isso significa que você precisa estar pronto com alguns padrões de interrupção de estado próprio e padrões de interrupção robustos o suficiente para sacudi-lo completamente do estado em que se encontra e impulsioná-lo a seu estado de coaching de gênio (Inteligência emocional e inteligência social, se colocando como observador, com escuta ativa e de forma imparcial, e ao mesmo tempo, em um bom estado de conexão, com a intenção de incentivá-lo e engajá-lo a progredir na realização de sua meta) .
O que isso significa ainda, é que você precisa identificar e praticar esse estado de coaching de gênio com frequência suficiente para que esteja disponível. Faça isso repetidamente e estabeleça uma âncora para isso e então quando você precisar, tudo que você vai fazer é disparar essa âncora. Como esta é uma das grandes ofertas que você tem para seus clientes, é essencial que você faça isso por si mesmo e se torne realmente exemplo nisso.
Mas, por que você ficaria de mau humor? Bem, na vida, acontecem coisas inesperadas e indesejadas...Trânsito, barulho, doença, filhos, problemas de dinheiro, conflito com colegas, impostos e assim por diante. Podem surgir todos os tipos de coisas que podem perturbar sua paz interior. Além disso, você está administrando uma empresa e todos os tipos de imprevistos podem surgir um pouco antes do início de uma sessão.
O verdadeiro problema não é o que surge, mas seus recursos para lidar com os problemas. O primeiro é o seu recurso de atitude. Você tem, e pode manter, uma atitude positiva em relação à existência de problemas? Você reformulou os problemas - bloqueios de seus objetivos - como algo natural na vida? Como oportunidade para resolver problemas? Como potencial para gerar mais valor para você e para os outros?
Você tem certeza absoluta que o problema não é você, como pessoa, nem está em todo lugar, e nem pouco durará para sempre?
Assim que tiver essa clareza, você não apenas será resiliente consigo mesmo, mas também um bom modelo para seu cliente - um exemplo de como enfrentar e resolver os problemas que a vida nos lança.
Tradução do artigo de Dr. L. Michael Hall
2020 Morpheus # 37
2 de setembro de 2020
O que poderia dar errado, série nº 1