Como dizia Henry Ford "Se você pensa que pode ou se pensa que não poder, de qualquer forma você está certo". Crenças possuem o poder de determinar nosso destino. Mas afinal o que são crenças?
Crenças são generalizações sobre nós mesmos e sobre o mundo:
- O que é possível? Quais são as limitações?
- O que significa? O que é importante/necessário?
- Qual é a causa? O que causa?
- Quem sou eu? O que sou capaz de fazer?
Essas generalizações sobre causas, significados e limites vão atuar no mundo ao nosso redor, nos nossos comportamentos, capacidades e identidade.
Crenças são pensamentos confirmados e funcionam como um comando para o sistema nervoso. Assim, crenças funcionam como filtros da realidade e são como que profecias autorrealizáveis. Elas preparam o terreno para a futura manifestação das coisas esperadas. Dessa maneira, como disse Mooji, "o mundo não é o que você pensa que ele é; o mundo torna-se exatamente o que você pensa que ele é. Tal é o poder da crença."
O que uma pessoa acredita sobre si mesma determina tudo o que ela diz, faz e sente. O mundo ao nosso redor é um reflexo do nosso mundo interior. Tudo que vemos fora de nós tem paralelo em nosso íntimo. Se alguém acredita que não é capaz, não é atraente, o mundo exterior confirmará essa crença. Ele mesmo coleta provas para confirmar sua crença e notará apenas isto, em detrimento de outras coisas como elogios e confirmações contrárias, as quais ignora. Assim, a auto profecia se realiza.
Ao trabalharmos com pessoas, temos de ficar atentos ao Efeito Pigmaleão, que o nome dado em psicologia ao fenômeno em que, quanto maiores as expectativas e crenças no potencial de uma pessoa, melhor será seu desempenho.
Então, uma crença não é somente uma ideia que a mente possui, mas sim uma ideia que possui a mente. As crenças e as atitudes alimentadas por uma pessoa, consciente ou inconscientemente, com o tempo se expressarão no seu corpo, no seu comportamento ou nas suas circunstâncias externas.
As crenças potencializadoras (positivas) dão permissão para as capacidades que dão direção aos nossos comportamentos. Por outro lado, as crenças limitantes (negativas) tiram essa permissão. Esse princípio se aplica a todas as áreas da vida, como os relacionamentos, o sucesso, a saúde e o potencial humano.
As três áreas mais comuns das crenças limitantes estão centradas nas questões de desesperança (desespero), incapacidade (desamparo) e
inutilidade (menos valia). Essas três classes de crenças podem exercer uma grande influência em relação ao comportamento e à saúde mental e física de uma pessoa.
Desesperança:
Crença de que o objetivo desejado não é atingível, independente das suas capacidades. “O que eu quero é impossível”
Incapacidade:
Crença de que o objetivo desejado é possível, mas você não é capaz de alcançá-lo. “Não sou capaz”
Inutilidade:
Crença de que você não merece o objetivo desejado por algo que você fez (ou não fez). “Eu não mereço”
O quadro seguinte apresenta as várias crenças necessárias para
conquistarmos nossas metas e objetivos com mais facilidade:
o que eu quero é possível, eu sou capaz, eu mereço, é desejável (vale a pena) e o que tenho que fazer é apropriado.
Caso ainda não tenha alcançado alguns dos objetivos que deseja, investigue suas crenças. Ali pode estar a causa. Felizmente, a Neuro-Semântica e a PNL possuem um conjunto de técnicas e processos eficazes para mudar crenças limitantes que podem enfraquecer nossos comportamentos ou impedir a conquista de nossos objetivos e metas, assim como podem também ajudar-nos
a implementar novas crenças potencializadoras ou reforçar as que já temos.
Jairo Mancilha, médico, trainer em Neuro-Semântica e PNL, Conselheiro da
Sociedade Brasileira de Neuro-Semântica e Diretor do INAp-Instituto de
Neurolinguística Aplicada