Mudança de Paradigma, Nova Revolução Industrial, Transição Acelerada, Transição Planetária, Transformações climáticas, Crise econômica, Mudanças.
Como sabemos, estamos imersos numa transformação global exponencial, convocando a humanidade a se reinventar e acelerar seu processo de adaptação ao “Novo Normal” que já emerge com força total aqui e agora!
Por um lado, temos visto pessoas engajadas na mudança, se reinventado, inovando, se adaptando ao cenário, resilientes, e também temos visto aquelas mais resistentes, outras um tanto temerosas, alguns rebeldes, outras sofrendo as perdas de emprego, dos entes queridos, vítimas da Covid 19, outras muito solidárias com a humanidade, etc.
No mundo corporativo não é diferente. Muitas empresas vêm se reinventando, inovando, investindo na responsabilidade social, sustentável, na capacitação do seu pessoal, para se adaptar neste novo cenário que requer um capitalismo mais consciente e responsável, porém, outras empresas vem se questionando e relutando, não se adaptando às transformações que tal transição está nos convocando de forma rigorosa, e de maneira global.
A Programação Neurolinguística nos apresenta alguns pressupostos que nos move no mundo, e um deles é que a única coisa permanente no Universo é a mudança!
Ora, se a mudança é um fenômeno universal, normal e natural que rege a vida e o nosso planeta, por que será que é tão difícil mudar? Afinal, o que gera tanta resistência à mudança? E como podemos mudar, mesmo diante nossas dificuldades, se assim for a nossa escolha mudar?
Pensando nisso, decidi compartilhar neste artigo o conhecimento tão rico que a Neuro-Semântica nos apresenta sobre mudança e o COMO efetivamente mudar!
Para começar, o que é a Mudança?
Seja qual for a mudança que estamos vivenciando, é importante saber que se trata de um processo de alteração de alguma coisa. A mudança provém do francês ‘Changier’, e do latin ‘Combiare’, trocar! Significa fazer diferente, transformar, inverter, mover, uma posição diferente, transitar, submeter algo à uma transformação.
Conforme apresentado pelo Dr. Michael Hall, “Quando mudamos alguma coisa ou experienciamos uma mudança, algo se altera e torna-se diferente. Talvez experimentamos uma melhora ou descobrimos algo. Alguma coisa pode se tornar nova. A mudança contrasta com estabilidade, com a falta de alteração, com o chamado “mesmice”, a qual é fixa, invariável, contínua, permanente ou estável.”
A mudança também é um processo de aprendizado e crescimento. É isso que habita no coração da mudança, a nossa evolução como indivíduo, como SER!
Mudamos à medida que aprendemos coisas novas e diferentes. Isso é um processo natural da vida.
“Você muda toda vez que aprende alguma coisa – seu cérebro é alterado à medida que novos caminhos neurais são desenvolvidos. Você muda quando toma decisões, ou quando muda uma crença, ou quando experimenta uma nova percepção.” Afirma o Dr. Michael Hall.
O curioso é a ambivalência a respeito da mudança. Ao mesmo tempo que a gente anseia por ela, pelo aprendizado e desenvolvimento que ela nos proporciona, também hesitamos, e até mesmo tememos a mudança. Por que isso ocorre?
O que dificulta a mudança, são os significados que mantemos em nossas mentes, sejam eles, memórias do passado, crenças, pensamentos, valores, etc...
Portanto, entender a necessidade da mudança, facilita compreendê-la, mas não necessariamente significa mudar. Para que a mudança ocorra de fato, primeiro precisamos saber o que queremos mudar e decidirmos mudar, compreendendo os motivos pelos quais precisamos mudar, conscientes de onde e como mudar. É preciso planejar e realizar a mudança desejada. Daí começa o processo de desenvolvimento das competências necessárias, ações e feedbacks de monitoramento dos resultados e aprendizados durante a jornada.
Trata-se de um processo resiliente, que requer tempo, aceitação, responsabilidade, criatividade e visão – precisamos saber onde queremos chegar e porque isso é importante. Fundamental uma intenção bem direcionada e focada, para que faça sentido essa mudança. É preciso clareza de propósito!
Então, vem o próximo passo, o sentimento a respeito da mudança que está sendo realizada de forma consciente. Isso significa ter clareza dos pensamentos, interpretações, crenças que construímos em nossas mentes a respeito de nós mesmos, do mundo, das pessoas, da situação, da mudança em si, etc.
Uma vez que nossos pensamentos sejam positivos e nos movam a seguir em frente, isso gera energia e engajamento. Quanto mais conscientes estivermos, mais empoderados nos tornamos neste processo. Porém, se os pensamentos não estiverem bem alinhados com o propósito e decisão de mudar, pode atrapalhar o processo da mudança e gerar desmotivação para mudar.
Processos de Mudança
Uma ferramenta que tem sido muito utilizada no mundo corporativo na gestão da mudança, é o Coaching.
“Na área do Coaching, existem poucos modelos que descrevem a natureza da mudança e como isso funciona. A maioria desses modelos provém do campo da terapia. Ainda assim, o Coaching não se encarrega de tratar das funcionalidades, mas sim, de facilitar o próximo estágio de desenvolvimento de pessoas psicologicamente saudáveis. Ele foca no favorecimento do processo de autorreflexão e insights, pois são considerados um importante processo de meta-cognição que facilita o alcance do objetivo.” (Lenalsberg, 1997; Withmore, 1992; Zeus and Skiffington, 2000).
Segundo o Dr. Miachel Hall, que além de ser o criador do modelo Meta-Coaching System, também é PhD em Psicologia Cognitivo Comportamental, e em sua experiência, ele afirma que todos podemos facilmente diferenciar um modelo de terapia de um autêntico modelo de Coaching, pois na terapia é comum encontrarmos resistências e recaídas no processo às mudanças, e o terapeuta é treinado para lidar com isso. Faz parte!
Já nos processos de Coaching, trata-se de pessoas engajadas, favoráveis à mudança.
Facilitação da Mudança
No trabalho do Meta-Coaching, como já falado acima, o Dr. Hall nos apresenta um modelo generativo para facilitar a mudança.
Se é o seu desejo se engajar no processo de transformação rumo ao seu desenvolvimento, sua melhor versão, aprendizados e adaptabilidade, creio que essa jornada pode ser útil para você!
Primeiro precisamos compreender qual a motivação para a mudança que deseja fazer. Trata-se de uma “dança”, devido às escolhas que faremos para seguirmos na jornada da resiliência e transformação.
Para isso, segue algumas perguntas que utilizamos nessa primeira etapa do processo.
- O que você realmente quer mudar?
- Do que você realmente quer se afastar?
- Por que é importante essa mudança pra você?
Essas questões criam a energia de aproximação e prazer, assim como cria a energia de aversão à dor e ao sofrimento de mantê-lo(a) onde não quer mais estar.
O próximo passo é a decisão! A tomada de decisão trás em si algumas oscilações entre o processo de pensar através para uma decisão de mudança, e ao mesmo tempo, ter uma decisão bem pensada sobre a mudança que estamos contemplando. Isso significa que estamos diante um momento decisivo de escolhas que podem criar e até mesmo, alterar o nosso destino. Para isso, é importante pesar nos custos x benefícios para a tomada de decisão!
- Quais as vantagens e desvantagens de mudar?
- Se eu continuar como está, quais são os custos x benefícios?
- E se eu mudar, quais serão os custos x benefícios?
- Qual o sentimento que surge dessa análise?
- Qual a decisão?
Com isso, nos leva ao próximo passo, a criatividade! No Universo, na natureza, na vida, tudo é criado dentro, e depois, fora. O processo de criação não é linear, ele oscila, mas a criatividade nos orienta para onde vamos e como nos sentimos confortáveis a realizar.
Então, primeiro começamos com o nosso jogo interno, nossas idéias, nossos pensamentos, estratégias para co-criarmos a nossa mudança irresistível, e assim partirmos para as ações externas de realização.
Por fim, vem a “dança” da integração do reforço e teste. Facilitamos a melhoria contínua através do feedback e aprendizado para refinar cada vez mais as novas ações. Essa é a fase da manutenção da mudança.
Podemos fazer isso fornecendo recompensas e celebrações para as ações realizadas através do apoio, reconhecimento, celebração e gentileza, quanto também testar de forma robusta, viável e realista, o novo comportamento.
E quando a “dança” dessa jornada termina?
“Ela termina quando a pessoa internalizar tão bem o novo jogo interno e externo, que isso se torne uma parte de sua maneira de ser. À essa altura, a pessoa realizou a mudança e a integrou como estilo de vida.” Dr. Michael Hall
Conclusão:
Uma das soft skills mais necessárias e desenvolvidas hoje no mundo corporativo, e na vida pessoal da humanidade, tem se sido a adaptabilidade.
Para isso é preciso dar às boas vindas à mudança e ao autoconhecimento. É necessário aceitar o processo da resiliência como um GPS positivo e uma competência efetiva para se adaptar ao momento, através da inteligência emocional, social, e até mesmo, a inteligência espiritual, para as tomadas de consciência e decisões mais assertivas diante o “chamado” para uma nova jornada na vida planetária...
A aventura começa no próprio SER, e no seu desenvolvimento. Começa na nossa cultura interna, seja ela pessoal, quando for individual, seja na cultura organizacional, quando for empresarial.
Sim, fato que o mundo mudou e continua mudando... como sempre foi, e sempre será. E como fazemos parte disso tudo pelo pertencimento, faz parte do processo que mudemos também!
E você, o que pensa disso? Esse artigo te serviu para suas tomadas de decisão? Com base nisso, qual a sua escolha? Quais as vantagens e desvantagens de mudar? Qual a sua decisão?
“Inteligência é a Capacidade de se Adaptar à Mudança.” Stephan Hawking
Juliana Leal
Consultora de Desenvolvimento Humano Organizacional, com mais de 15 anos de experiência na área de desenvolvimento de liderança, e mais de 20 anos de experiência na área do desenvolvimento humano comportamental.
Juliana é Master Trainer Internacional de Psicologia Positiva, de Neuro-Semântica e Meta-Coach Executiva.
Foi Diretora da Meta-Coach Foundation no Brasil de 2018 à 2020, e é a atual Diretora de Marketing da SBNS – Sociedade Brasileira de Neuro-Semântica.
Saiba mais! Acesse o nosso site. Conheça a Juliana e todos os nossos associados.
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