DIFERENÇAS ENTRE
PNL & NEURO-SEMÂNTICA

Embora a Neuro-Semântica tenha surgido das raízes da PNL (Programação Neurolinguística) – junto com o trabalho de Korzybski e Bateson, entre outros, a Neuro-Semântica tem apresentado de forma gradativa e crescente diferenças da PNL. Ao que tudo indica, essas diferenças não irão diminuir ao longo dos anos.

A visão e a missão da Neuro-Semântica é estar de acordo com os princípios da PNL, porém, refinar o modelo à medida que surgem novas informações e pesquisas, visando melhores resultados e experiências positivas.

Algumas Definições

Richard Bandler e John Grinder

PNL

A PNL, ou Programação Neurolinguística, é um modelo de Comunicação, onde as pessoas possam gerenciar seus próprios cérebros usando os sistemas representacionais sensoriais – visual, auditivo e cinestésico (conjunto dos sentidos que nos possibilita interagir com o mundo interior e exterior). Ao representarmos o que está de fora para nós mesmos em nossa tela interior da consciência, a que chamamos de “pensamento”, o que influencia nossos corpos. Isto então nos coloca em um estado – isto é, em um Estado de Consciência Mente-Corpo.

Desenvolvido por Richard Bandler e John Grinder, a PNL fornece um modelo, insights e técnicas específicas de passo a passo para administrar seu próprio cérebro, gerenciar seus próprios estados, comunicar-se de maneira mais eficaz e elegante consigo mesmo e com os outros. A PNL, possibilita ampliar o autoconhecimento e reprogramar a mente para melhorar a vida pessoal, profissional e familiar. Estimula a criação de novos hábitos e ações construtivas.

Metaestados

Um Modelo de Consciência Reflexiva que detalha precisamente como refletimos sobre nossos pensamentos e sentimentos. Definimos como Metaestados a maneira como nos sentimos ou ficamos diante de uma emoção.

Temos sentimentos e emoções básicas ou primárias como: medo, raiva, alegria, dor, tensão, prazer, entre outros. Um Metaestado traz uma camada de conceitos de nível superior ou mais complexo, como ter vergonha do medo, raiva da dor, alegria de aprender.

Esse modelo deu origem, junto com a PNL, à Neuro-Semântica.

Neuro-Semântica

A Neuro-Semântica é um Modelo do Significado ou Avaliação que que utiliza o que há de melhor nos dois modelos: Metaestados para articular e trabalhar com níveis mais altos e complexos de estados da mente, e o Modelo de Programação Neurolinguística para detalhar o processamento e a experiência humana.

A Neuro-Semântica apresenta um modelo mais completo e mais rico ao oferecer uma maneira de pensar e trabalhar com o modo como nosso sistema nervoso (neurologia) e mente (linguística) criam significados, avaliam eventos e experiências e atribuem significâncias (semântica).

Como um pequeno resumo veja a tabela a seguir com algumas distinções entre a PNL e a Neuro-Semântica.
Passe o mouse por cima dos boxes (ou pressione no tablet) e descubra as diferenças, boa sorte 🙂

Explicação das diferenças

Da representação a referência
O foco na PNL está na representação. Reconhecer que pensamos em termos dos sistemas sensoriais: ver, ouvir, sentir, cheirar e provar. Ao representar desta forma dentro da mente, isso nos dá controle para “gerenciar nosso próprio cérebro”. Temos uma Mente Cinematográfica e isso nos possibilita ter o controle do que se desenvolve na nossa mente. Muitas vezes, as mais simples mudanças ou alternâncias nas características cinematográficas (“sub-modalidades”), que usamos para codificar nossos entendimentos, são suficientes para criar transformações poderosamente positivas.

O foco na Neuro-Semântica passa da representação para referências. Primeiro, tomamos um evento de referência e o representamos. A partir daí, transformamos o mesmo evento em quadros de referência e, depois, em enquadramentos mentais. À medida que classificamos nossas aprendizagens dos eventos criamos significados para tudo o que pensamos e vivenciamos. Desta forma, criamos camadas de enquadramentos incorporados que compõem a matriz da nossa mente. Essas camadas emergem organicamente à medida que o sistema mente-corpo-emoção cresce. Ao subir os níveis, fazemos isso principalmente pela linguagem. Daí o verdadeiro lugar da palavra linguística na PNL e os níveis simbólicos da Neuro-Semântica.
Do Pensamento Linear ao Não Linear (Reflexividade)
A PNL, na sua maior parte, envolve principalmente um pensamento linear. Nós vemos isso mais proeminentemente no domínio de modelar estratégias. A PNL fala principalmente sobre enviar ou movimentar o cérebro para algum lugar.Passando do estado atual para o estado desejado, identificando os resultados desejados e modelando-os para que sejam bem formados e, em seguida, fazendo ponte ao futuro, estimulando a experiência. Tudo isso é linear em natureza e estrutura.

A neuro-semântica focaliza e envolve o pensamento não linear, precisamente porque é impulsionado pela reflexividade. A princípio, aprender a pensar de maneiras não lineares, pode parecer muito desconcertante. Pensamento não linear significa contar com voltas e voltas em espiral, subindo e descendo os níveis da mente, reconhecendo os inúmeros loops de feedback e feed forward em um sistema, e reconhecendo que o processamento múltiplo estará ocorrendo a qualquer momento. Dito de forma simples, é ter consciência de como você pensa e como direcionar o seu pensamento para realizar o que deseja.
Do Não Sistêmico ao Altamente Sistêmico
A PNL fala sobre sistemas, ela trouxe muitas funcionalidades do sistema quando começou a modelar Sistema Familiares, a cibernética de Bateson e o sistema não-aristotélico de Korzybski. O problema é que ela fala principalmente sobre sistemas e, na verdade, opera de maneiras que não são sistêmicas, (ou seja, linear, preto-ou-branco, etc.). Isso levou vários Trainers em PNL (Dilts, Bandler, McWhorter e Hall) a trabalhar na criação de modelos para “PNL Sistêmica”.

Em contrapartida a Neuro-Semântica tem reflexividade embutida em sua estrutura, ela é sistêmica em seu coração. Tendo incorporado muitos dos princípios não-aristotélicos de Korzybski em sua estrutura, a Neuro-Semântica identifica e usa tanto feedback e feed forward loops em seus padrões e até tem um loop de autocorreção embutido no modelo e na própria comunidade. Por exemplo, o padrão Da Mente Para O Músculo nos permite trazer uma grande ideia para o corpo, enquanto o padrão de Intencionalidade nos permite alimentar de volta a nós mesmos a nossa intencionalidade em níveis superiores. Na comunidade neuro-semântica, construímos feedback em nossos treinamentos para que os treinadores e coaches recebam feedback. Temos vários fóruns de feedback, bem como nosso Colóquio de Desenvolvedores Neuro-Semânticos.
De Aplicar técnicas em pessoas para se relacionar com pessoas

Muito do poder da PNL vem do fato que ela se concentra em técnicas. Assim, desenvolveu muitas técnicas e padrões poderosos que permitem que um comunicador, terapeuta, hipnotizador, gerente, etc., façam coisas para as pessoas. No entanto, isso gerou uma visão em parte negativa à PLN, muitas pessoas passaram a julgar a PNL como manipuladora e focada apenas em “programar” outras pessoas sem um equilíbrio adequado no relacionamento, rapport, ética ou ecologia.

O foco em técnicas também trouxe outra diferença entre PNL e NS. A PNL é principalmente treinada a partir do metaprograma de procedimentos, enquanto a Neuro-Semântica é principalmente treinada do ponto de vista de opções. A Neuro-Semântica se concentra muito mais em pessoas e relacionamentos do que em técnicas. Embora existam muitos padrões e processos, a ideia principal da Neuro-Semântica é garantir que a tecnologia atenda às pessoas e seja oferecida de maneira saudável, equilibrada, ecológica e humana. Para esse fim, a Neuro-Semântica coloca o foco no contexto pessoal, na criação de uma solução com o cliente, além do relacionamento ganha/ganha com os outros. Isso faz parte da visão da Neuro-Semântica como comunidade e movimento.

De fazer com outros para aplicar a si mesmo
A PNL certamente tem o poder de trabalhar a “magia” nas pessoas. Isso é o que Bandler e Grinder descobriram quando modelaram Satir, Perls e Erickson e então escreveram sobre “a estrutura da magia”. O problema com isso é que o foco está no praticante de PNL fazendo algo com o cliente. A ideia que passa é que a pessoa que pratica isso a outros não aplica a si mesma. Infelizmente, muitos profissionais em PNL nunca aplicaram o modelo a si mesmos e nem mesmo sabem como fazer isso. No final eles não “fazem o que falam” e se tornaram incongruentes ou incoerentes.

Na Neuro-Semântica, “aplicar a si mesmo” é incorporado ao modelo. Isso também se tornou um grande foco e ênfase, aplicar a magia primeiro a si mesmo e só depois aos outros. Fazer isso permite que os neuro-semanticistas “façam o que falam”.

O objetivo primário é receber pessoalmente os benefícios da magia e, somente depois, estenderem esses benefícios a outros. Dessa forma, torna-se suave a transição e mais fácil serem modelos das poderosas ferramentas e padrões. Isso contribui para a coerência e o poder pessoal.
Ênfase no poder e ênfase na autenticidade
Como consequência do foco da PNL em técnicas, houve uma forte ênfase no poder, sucesso e eficácia. Essa ideia aparece na propaganda e marketing da PNL, em seminários e treinamentos. Tony Robbins é um excelente exemplo com os livros: “Poder Sem Limites”, “Despertar o Gigante Interior”, etc. Esse foco excessivo no “poder” e no sucesso materialista predomina enquanto o foco em relacionamento, sabedoria, ecologia, comunidade, ficam em segundo plano. É claro que o uso do termo “poder” aqui está no sentido tradicional de poder sobre os outros, e não no sentido de poder com os outros.

Desde o início, a Neuro-Semântica promove uma visão que enfatiza o relacionamento, de ser autêntico, de conexão com os outros, conduzir negócios de forma ética e de criar relacionamentos recíprocos que acreditam em abundância para todos. Essa é uma forma de prevenção quanto à mentalidade de “guru”, que cresceu em muitas partes da PNL. Para ser verdadeiramente bem-sucedida, a Neuro-Semântica enfatiza a riqueza de conexões e relacionamentos, e o poder com os outros como iguais e colegas. O fundamento disso é ser fiel a si mesmo.

Assim, em muitos treinamentos de Neuro-Semântica, nos concentramos em conscientemente equilibrar o Ser, o Fazer e o Ter, especialmente naqueles treinamentos sobre a construção de riqueza e maestria pessoal. Poder pessoal e autenticidade podem caminhar juntos. O foco não deve ser obter poder sobre os outros e sim obter poder pessoal no sentido de ser pessoalmente efetivo, tomar ações efetivas, alcançar seus objetivos e fazer as coisas acontecerem. Na Neuro-Semântica vemos isso como um resultado natural de encontrar seus próprios talentos, paixões, valores e visões.
De dois a quatro meta domínios
Na PNL tradicional, existem apenas dois meta domínios: Meta Modelo e Meta Programas. Eles são ensinados separadamente como diferentes domínios com pouca ligação. Outros domínios existem na PNL, mas não em metadomínios (por exemplo, “submodalidades”, estratégias, linhas de tempo, modelagem e hipnose). Eles também são falados separadamente, como se os domínios não tivessem interconexões.

Na Neuro-Semântica, o terceiro metadomínio foi iniciado a partir do modelo Metaestados que foi descoberto e desenvolvido. A influência modeladora dos Metaestados abriu os olhos para outros metadomínios. O primeiro a ser descoberto foi o das metamodalidades ou “submodalidades”. Quando brincamos com as características cinematográficas de nossos filmes mentais, ao usar as distinções dos sistemas visual, auditivo e cinestésico, estamos realmente enquadrando em um nível superior, um nível editorial para o filme.

A partir desta descoberta, surgiram seis novos submodelos ou padrões (livro: The Structure of Excellence: Unmasking the Meta-Levels of “Sub-Modalities – A Estrutura da Excelência: Desvendando os Meta-Níveis de “Sub-Modalidades”, 1999). Os Metaestados também revelaram que o “tempo” e as linhas do tempo também são metaestados e podem ser tremendamente enriquecidos pelos princípios dos Metaestados.
De Submodalidades a Metamodalidades
Na PNL, consideramos as “submodalidades” como os elementos periódicos da mente. Para alguns na PNL, as “Submodalidades” dominam tudo. Na Neuro-Semântica, reconhecemos agora que não há subnível para o chamado domínio das “Submodalidades”. As características cinematográficas de nossos filmes mentais nos canais sensoriais não estão em um nível superior ou inferior, mas são, na verdade, em metaenquadramentos.

Como agora reconhecemos que você precisa ir para meta (para cima) também para detectar as chamadas “submodalidades”. Temos que ir a níveis acima para alterar a forma como enquadramos um filme mental de colorido para preto-e-branco, de alto para baixo, etc. As metamodalidades nos ajudam a declarar essas distinções, subindo e assim criando uma visão da experiência. Subimos os níveis de enquadramentos para criar novas generalizações de acreditar, valorizar, esperar, decidir, pretender, etc.
De Níveis Primários a Metaníveis
Apesar da PNL falar sobre metaníveis (metaposição e níveis neurológicos), ela se concentra principalmente no nível primário. Ela faz isso ao falar sobre o nível representacional dos sistemas sensoriais e as características distintivas do filme interno de alguém. Isso também acontece, quando confunde crenças, valores, critérios, etc., como se fossem fenômenos de nível primário. Na verdade, não são fenômenos de nível primário, mas metaestados (pensamentos e sentimentos em camadas sobre várias ideias) e é por isso que apenas mudar as características cinematográficas (submodalidades) raramente funciona.

A Neuro-semântica focaliza na estratificação de nível sobre nível e a natureza sistêmica dos metaníveis. A ênfase se move da natureza linear da PNL, que se concentra muito nas coisas externas, para o foco nos pensamentos internos e em sua estratificação. Ao distinguir os níveis e ver como estratificamos enquadramento sobre enquadramento para criar enquadramentos incorporados de qualquer matriz, a Neuro-Semântica fornece princípios e diretrizes para lidar com essa riqueza de interação.
Do Estado para os Metaníveis Fluídos
A PNL tem alguns “níveis lógicos”, como os níveis de aprendizagem de Bateson e os níveis neurológicos de Robert Dilts. No entanto, os “níveis lógicos” desse modelo são estáticos e hierárquicos. Este modelo apresenta “crenças”, “valores”, “identidade”, “missão”, etc., como se fossem coisas.

A Neuro-semântica, a partir do modelo Metaestados, denomina “níveis lógicos” em termos dos verbos ou processos – isso nos dá camadas, nivelamento e incorporação. A partir disso, podemos detectar e trabalhar mais facilmente com as camadas da mente ao classificar experiências usando várias categorias. Dessa forma, formatamos uma experiência e a tratamos como membro de alguma classe. Isso descreve a psico-lógica do nosso sistema mente-corpo-emoção. E mostra que os metaníveis se referem às ideias e sentimentos que incorporamos a outras ideias e sentimentos. Na Neuro-Semântica vemos “níveis lógicos” como dinâmicos e fluidos. Nós criamos camadas de pensamento sobre pensamento e sentimento sobre sentimento.
De Não Usar “Por que?” para Vários “Porquês”
No Practitioner de PNL, somos ensinados a nunca perguntar “por que?”. A pergunta “por que” é considerada um tabu. Por qual motivo? Porque “só provoca defesas, desculpas e racionalizações. Isso só leva você de volta à estória”. Isso certamente é verdade com o “porquê” das questões de identidade ou da estória: “Por que você está assim?” “Você não sabe fazer melhor que isso? Por que você fez isso?”

A Neuro-Semântica restaura várias perguntas “Por que” para o processo de modelagem da experiência. Enquanto raramente perguntamos o “porquê” da identidade ou da estória, nós definitivamente perguntamos outros tipos de porquês. Perguntamos sobre o porquê da intencionalidade, o porquê do resultado e o porquê das razões e do raciocínio: Por que isso é importante para você? Porque você quer isso? E quando uma pessoa está em um bom estado, um estado que gostaríamos de confirmar e solidificar, orientamos a pessoa através da pergunta “por que”: “Por que você gosta disso? Por que você acredita nisso? Por que para você esse é o seu objetivo?” Fazemos essas perguntas induzindo à racionalização pois sabemos que, em resposta, a pessoa encontrará ou criará razões e explicações que apoiarão a experiência vivida ou desejada.
Da Emoção Dissociada às Meta Emoções
Na PNL, o termo meta geralmente é definido ou entendido como sendo “dissociação”. Ir ao nível meta para muitos treinados na PNL tradicional significa “tornar-se dissociado”, ou seja, faz do meta, algo desprovido de emoção. E como em muitas partes do mundo da PNL, ela é vista como uma forma de controlar as emoções ao invés de experimentá-las, as emoções são vistas como controláveis.

A Neuro-Semântica assume uma posição completamente diferente em tudo isso. Em primeiro lugar, nos Metaestados, entendemos que, embora às vezes uma pessoa possa evitar um estado de fortes emoções negativas, ao entrar em um estado de testemunho, observação e calma, a meta resposta geralmente envolve alguma emoção e muitas vezes aumenta a emoção. A alegria sobre a alegria geralmente aumenta a alegria, a alegria de aprender aumenta as emoções positivas para aprender ainda mais, o medo do medo aumenta o medo, assim como a raiva do medo, o medo da raiva, a vergonha da raiva, etc.

O termo meta refere-se apenas a estar em uma posição sobre outra experiência de sentimento, pensamento ou fisiologia. Não é o mesmo que dissociação. Isso é importante na Neuro-Semântica porque vemos as emoções como parte do sistema mente-corpo-emoção e, portanto, devem ser experimentadas, mesmo as chamadas “emoções negativas”. É por isso que muitos dizem que os Metaestados trouxeram a cinestesia de volta à PNL. “A Neuro-Semântica é sobre ativar a neurologia junto com a mente”. É apenas uma questão de quais estados da mente-corpo estamos experimentando e quais não estamos experimentando em um certo momento.
Do individualismo à comunidade
O foco da PNL é quase inteiramente no indivíduo. Isso é visto nos modelos e padrões que temos na PNL, na natureza individualista dos fundadores e líderes e na direção geral da PNL – “administre seu próprio cérebro”. Embora houvesse alguns estudos na PNL sobre a antropologia e estudos culturais de Bateson e nos Sistemas Familiares de Virgina Satir (Family Systems), a PNL tem sido muito individualista.

A Neuro-Semântica utiliza seus sistemas para mudar o foco somente no indivíduo para se concentrar também em contextos comunitários, culturais e sociais. Usando Metaestados, a Neuro-Semântica começou a modelar culturas e fenômenos culturais e a usar cada vez mais as dinâmicas de grupo, equipes e redes para expandir a Neuro-Semântica em todo o mundo.
De corretivo ao generativo
Apesar da PNL falar de mudança generativa, a maioria dos primeiros padrões da PNL era corretivo – cura de fobias, reimprint do passado, destruir a decisão, enfraquecer as velhas mágoas emocionais, etc. Isso realmente não é nenhuma surpresa, já que a PNL veio de três terapeutas que trabalhavam com pessoas com problemas e muitos desses problemas tinham a ver com se livrar do passado.

Então, o que a PNL imaginou em termos de mudança generativa ou transformadora, a Neuro-Semântica trouxe isso a um novo patamar. Ao criar modelos mais comerciais como: controle de peso, negócios, coaching (Meta-Coaching), etc., saímos de uma mudança corretiva para uma mudança transformadora. Isto levou a criar padrões que têm a ver com o aumento do desempenho, tornar as pessoas senhores de suas próprias matrizes mentais, novos enquadramentos, etc.
Do Inconsciente para mais Consciência
Vindo da modelagem da hipnose ericksoniana, a PNL tradicional tem uma forte ênfase no inconsciente. Traz um princípio de Erickson de assumir que “o inconsciente” é sempre muito mais sábio e confiável do que a mente consciente.

A Neuro-Semântica coloca muito mais foco em se tornar atento ou consciente. Nós também questionamos essa supervalorização da mente “inconsciente” como se houvesse apenas uma mente inconsciente. Na Neuro-Semântica, estamos conscientemente comandando nosso próprio cérebro, ao estar atento ao que estamos dizendo e fazendo. Estar conscientemente presente a este momento que nos torna exclusivamente humanos. Alguns estados de “consciência” podem ser dolorosos e problemáticos. No entanto, não é a consciência em si que é o problema, mas o tipo de consciência que se tem da situação. É por isso que nos concentramos em levar uma consciência testemunhal e não-julgadora aos nossos próprios estados.
Da “PNL pura” para uma PNL em desenvolvimento e em constante mudança
Finalmente, aqui está outra diferença. Hoje existem Centros de Treinamento de PNL e treinadores que estão defendendo um retorno à “PNL pura” e que somete eles fazem a “PNL pura”. Vários deles estabeleceram 1985 como uma data arbitrária para isso. Antes desta data, a PNL era “pura” depois dessa data, começou a ser corrompida por outras influências. É claro que essa é uma visão estranha em um modelo que começou como uma mudança de paradigma e que se apresentou como um modelo em constante crescimento e em desenvolvimento. De fato, começou com os fundadores dizendo: “Não temos teoria; nós somos apenas modeladores. Nós só nos importamos com o que funciona e descrevemos o que funciona.”

A Neuro-Semântica se concentra mais em modelos comerciais que utilizam os numerosos modelos de metadomínio em vez dos próprios modelos. Eles são apenas ferramentas, apenas mapas. Nossa pergunta é inteiramente prática. O que podemos fazer com eles? Podemos usá-los para nos tornarmos financeiramente independentes, para nos tornarmos fluentes e dominar a gagueira, para dominar os medos e nos tornarmos corajosos, para desarmar os cabeças quentes e outras pessoas mal-humoradas, para ter mais resiliência nos negócios?

Estamos “sempre” em desenvolvimento e em constante mudança!